Onde você quer chegar na carreira?
E aí Líder, tudo em paz?
Essa semana um dos líderes de turno que trabalha no meu time me abordou com uma questão interessante.
Um de seus funcionários entrega muito resultado, sempre com eficiência, disciplina e trabalhando em equipe, então depois de 3 anos na mesma função como mandrilador e com vários reconhecimentos e recompensas pelo bom trabalho, o líder quis perguntar se não lhe interessava ser um líder de turno, ou onde ele queria chegar na carreira.
Para espanto do líder, o colaborador respondeu que queria ficar onde estava, aquela função era muito boa para ele, era o que ele queria e sabia fazer e se sentia feliz fazendo.
O líder indignado começou a perguntar: mas como você não quer crescer? Por que ficar parado? Você não tem um plano de carreira? Como você vai crescer se ficar nessa função? Como você vai ganhar mais? Entre outras perguntas….
Nesse ponto o convidei a refletir e buscar enxergar o que havia por trás daquela declaração… Será que ele não queria mudar mesmo? Será que tem algum medo de mudar ou crescer? Será que ele quer crescer nas não quer ser líder, que ser um especialista? O que é crescer para ele? O que é felicidade e plenitude para ele? Será que ele quer crescer, mas em outra área e não quis dizer isso a seu líder? Ou será que ficar naquela função é realmente o que ele quer e temos que respeitar isso?
Em suma, disse a ele o que aprendi na minha formação de coaching… Disse que é necessário que a comunicação do líder esteja inteiramente voltada para o universo do seu colaborador assim como do Coach para com o coachee. Nas palavras do mestre José Roberto Marques no seu livro Coaching Positivo, “temos o habito de tentar entender o outro a partir de nosso ponto de vista, e isso é extremamente nocivo.”
O papo com o líder foi ótimo no sentido de entendermos que felicidade e sucesso são conceitos individuais, entendermos que devemos respeitar e não julgar o conceito/crenças dos outros… E mais importante, entendemos que devemos buscar compreender que sentido aquilo faz a partir do ponto de vista do outro, do universo do outro, da realidade do outro e não da nossa… No papel de líder, mostramos as direções, mas em relação aos planos de vida do(a) colaborador(a), somos apenas uma ponte entre ele, sua história e seu legado, qualquer opção que ele(a) deseja seguir eu honro e respeito.
Boa semana a todos e boa liderança!
1 Comments
Genial este post….durante a leitura me lembrei do livro “O Monge e o executivo” do autor James Hunter. O líder pode deparar-se com a perda do seu melhor operador e ter que lidar com um supervisor sem vocação ou vontade, ao promovê-lo sem naturalidade e mutualidade (no ex do livro: perdeu um ótimo operador de empilhadeira e ganhou um problemão duplo com a falta de liderança do ex-operador)…..
Somente com auto-conhecimento e sinceridade podemos seguir em frente.